O futuro dependerá da força da Educação Ambiental


Cada dia mais os assuntos ambientais se tornam pautas de inúmeras discussões no Brasil e no mundo, diante do momento caótico que o planeta vem passando. O ser humano já sabe que a maior parte desses acontecimentos é proveniente das ações antrópicas iniciadas na Revolução Industrial, e pioradas com a vinda do consumismo desenfreado.
O ser humano usa de maneira insustentável os recursos naturais como se fossem infinitos, e em troca devolve ao planeta: lixo, poluição e destruição. Ele esquece que isso se voltará contra ele, já que ele é um dos seres integrantes, como todos os outros, do meio em que vivem.
Vivemos numa época de guerra entre o ser e o ter; entre ser um consumidor voraz (aproveitando tudo de melhor que a tecnologia possa nos dar) e ser um consumidor consciente de seus deveres e direitos. Vivemos também com a sombra do medo de futuro, já que os recursos tendem a se acabar, as catástrofes aumentarem e o aquecimento global piorar.
Diante de tantas indagações, medos, as mudanças de atitudes são peças indispensáveis a melhora desse quadro caótico. A partir do momento que a sociedade repensar suas ações, e deixá-las mais sustentáveis, o planeta conseguirá retomar o equilíbrio e a qualidade de vida será maior. Para que aconteça isso a Educação Ambiental deverá ser prioridade, sendo compartilhada não apenas nas escolas, mas nas comunidades, nas casas, nas igrejas, nas associações, na mídia, já que é de todos o dever de se responsabilizar com os problemas socioambientais locais e globais. Sei que não é uma tarefa fácil, já que a própria educação no Brasil é algo não priorizada, mas é a saída.
Por exemplo, em 2010 uma Lei instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, um grande passo para acabar com o mau gerenciamento do lixo urbano, aonde materiais recicláveis vão para aterros, lixões, etc. ao invés de voltarem à cadeia produtiva. Nessa política, todos terão responsabilidade sobre a destinação correta do resíduo ou lixo produzido. Caso não se tenha um trabalho eficiente de Educação Ambiental, no qual a sociedade se veja no dever de mudar seus hábitos, dentre eles o de fazer coleta seletiva, essa política será em vão.
Este é o momento de sensibilização da raça humana, mostrando que ela é parte do meio ambiente, e que suas ações podem ser maléficas ou benéficas ao planeta e ao próprio ser humano. O futuro está em nossas mãos, e principalmente nas mãos das crianças, e para isso a Educação Ambiental será imprescindível. 

Fonte: Érica Sena - Bióloga, Gestora Ambiental, Educadora

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