Corais e sua importância ao Meio Ambiente


O que são
Pequenos e frágeis animais marinhos do grupo dos cnidários que possuem esqueleto calcário (rígido) ou córneo (flexíveis). Durante muito tempo foram considerados plantas, por sua forma e hábito de viverem fixos no fundo do mar. No entanto, em estudos posteriores, observou-se que eles pertencem ao reino animal. Os cnidários incluem um grupo de organismos bem variados: águas-vivas, medusas, anêmonas do mar, octocorais, corais pétreos e corais de fogo. Esses organismos podem viver isoladamente ou, como a maioria, constituírem colônias que apresentam grande variedade de formas, cores e tamanhos.
Ambientes dominados por corais contribuem para o aumento da produtividade dos ecossistemas marinhos costeiros, pois realizam processos de produção de matéria orgânica e reciclagem de nutrientes que beneficiam não apenas a fauna local, mas também espécies transitórias que utilizam os corais para a reprodução, proteção ou alimentação.
Importância econômica
Esses ambientes são de extrema importância econômica, pois através da riqueza da fauna e da flora, são uma grande fonte de alimento para a pesca comercial e de subsistência. Possuem um grande potencial de compostos medicinais e industriais e oferecem oportunidades recreativas e educacionais que estimulam a indústria de turismo. Os ambientes de corais são, portanto, fonte de renda para populações que vivem nas áreas costeiras e que dependem diretamente de sua existência.
Condições ambientais
Os corais ocorrem em condições ambientais bem delimitadas: águas rasas e iluminadas com temperaturas entre 25 e 29ºC, salinidade próxima a 36 e baixo número de partículas em suspensão. Devido à sua estreita faixa de tolerância, pequenas mudanças na qualidade do ambiente podem afetar criticamente os processos biológicos das comunidades de corais. As maiores ameaças à vida dos corais estão divididas em dois grupos gerais: as causadas por agentes naturais e aquelas decorrentes da ação do Homem. Impactos naturais como efeitos de tempestades, epidemias de doenças em organismos recifais e aumentos maciços nas populações de predadores, geralmente não destroem os recifes quando isolados e pontuais no tempo e no espaço.
Os agentes mais comuns na degradação dos corais são o turismo e a recreação, a pesca predatória, a contaminação por poluentes tóxicos, o lançamento de esgoto "in natura", a produção de lixo e o uso do solo desordenado que gera uma grande carga de sedimento terrígeno no mar, sobretudo em decorrência do excesso de desmatamentos na zona litorânea.
As duas formas de reprodução dos corais
Existem duas formas de reprodução dos corais, a sexuada e a assexuada. Na reprodução sexuada, ocorre a fecundação do gameta masculino, espermatozóide, com o gameta feminino, ovócito, originando-se a plânula. Apesar da grande maioria dos corais serem hermafrodita, algumas colônias produzem gametas de apenas um sexo, que irão fecundar gametas de outras colônias. Na reprodução assexuada não a fertilização dos gametas, isso significa que cada novo indivíduo apresenta as mesmas características genéticas da colônia que o gerou, sendo que nesse caso os corais já são hermafroditos. O crescimento da colônia se dá por um tipo de reprodução assexuada, conhecida como brotamento, ou seja, as colônias crescem através de um processo de calcificação.
A importância dos corais para os outros seres marinhos
Uma das funções dos corais é servir de habitat para outros animais marinhos, como peixes e caranguejos, além de servirem de esconderijo para os mesmos, de seus predadores. Várias espécies de peixes e crustáceos com grande valor comercial tais como o Pargo, O Sirigado, a Lagosta e o Camarão, necessitam dos recifes de corais em várias fases de suas vidas, sendo eles ricos em espécie. Outra importante função dos corais é promover a separação do bicarbonato de cálcio presente na água marinha, com precipitação e formação do carbonato de cálcio, através de uma associação com algas verdes, que vivem no interior das células dos pólipos de corais, que se juntam e fazem fotossíntese, fornecem ao coral uma parte de seu alimento, e são de um modo geral a base de todo um ecossistema marinho.
No Brasil
Possui diversas espécies de corais que ocorrem unicamente em nosso país (espécies endêmicas) que são de grande importância biológica para o habitat marinho. Como ainda existem poucos estudos sobre corais, acredita-se que existam diversas espécies ainda desconhecidas. Até hoje, expedições de reconhecimento nos recifes da Bahia descobrem espécies desconhecidas pelos cientistas de todo o mundo ou que ainda não foram registradas em águas brasileiras.
Curiosidade
A princípio é bom lembrar que no estado do Ceará não existem importantes recifes de corais, No Brasil os recifes de corais estão distribuídos por aproximadamente três mil quilômetros da costa do estado do Maranhão ao sul da Bahia (Abrolhos), os quais representam as únicas formações de recifes do atlântico sul.
O maior recife de coral do mundo é A Grande Barreira de Recife Australiana. Lá tem uma paisagem exótica, o que faz ser um local turístico na Austrália. Por isso mesmo A Grande Barreira de Recife Australiana é um local muito ameaçado como todos os outros recifes de corais. 

Fonte: Projeto Ecorais

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