Resíduos Hospitalares
Os Resíduos Sólidos Hospitalares
ou como é mais comumente denominado "lixo hospitalarou resíduo
séptico", sempre constituiu-se um problema bastante sério para os
Administradores Hospitalares, devido principalmente a falta de informações a
seu respeito, gerando mitos e fantasias entre funcionários, pacientes,
familiares e principalmente a comunidade vizinha as edificações hospitalares e
aos aterros sanitários. A atividade hospitalar é por si só uma fantástica
geradora de resíduos, inerente a diversidade de atividades que desenvolvem-se
dentro destas empresas.
O desconhecimento e a falta de
informações sobre o assunto faz com que, em muitos casos, os resíduos, ou sejam
ignorados, ou recebam um tratamento com excesso de cuidado, onerando ainda mais
os já combalidos recursos das instituições hospitalares. Não raro lhe são
atribuídas a culpa por casos de infecção hospitalar e outros tantos males.
Contaminação
O maior problema é o chamado
“lixo infectante - classe A”, que representa um grande risco de contaminação,
além de poluir o meio ambiente. A maior parte dos estabelecimentos não faz a
separação deste material, que acaba indo para os aterros junto com o lixo
normal ou para a fossa.
Outro problema é o chamado “lixo
perigoso - clase B”, cuja destinação final, atualmente, fica sob
responsabilidade dos hospitais.
O material recolhido nos
hospitais, acondicionado segundo normas que variam em função do grau de
periculosidade dos produtos, geralmente é levado a um aterro próprio.
Já o "lixo classe C"
dos hospitais – também devidamente separado - fica sujeito ao mesmo sistema de
recolhimento do restante da cidade, indo parte para reciclagem e parte para a
coleta normal, que inclui apenas o material orgânico destinado ao aterro
sanitário.
Separação
do Lixo
O treinamento para a separação
desse tipo de resíduo é uma exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) e oferecerá subsídios para que os hospitais e clínicas elaborem planos
de gerenciamento de resíduos do serviço de saúde. O objetivo é adequar a estrutura
das unidades para o tratamento correto dos resíduos.
Segundo as normas sanitárias, o
lixo hospitalar deve ser rigorosamente seperado e cada classe deve ter um tipo
de coleta e destinação. De acordo com as normas, devem ser separadas conforme
um sistema de classificação que inclui os resíduos infectantes - lixo classe A,
como restos de material de laboratório, seringas, agulhas, hemoderivados, entre
outros, perigosos - classe B, que são os produtos quimioterápicos, radioativos
e medicamentos com validade vencida - e o lixo classe C, o mesmo produzido nas
residências, que pode ser subdividido em material orgânico e reciclável.
O treinamento visa adequar os
estabelecimentos às novas normas de tratamento do lixo hospitalar,
estabelecidas na Lei Federal nº 237, de dezembro do ano passado. Os hospitais
têm prazo para apresentar um plano de gerenciamento dos resíduos e, com isso,
obter um licenciamento ambiental e adaptar-se às exigências legais. Caso não
consigam o licenciamento, ficam sujeitos à aplicação de multas diárias de R$
140,00 pelo sistema de vigilância sanitária.
Lixos
Infectantes
Resíduos do grupo A (apresentam
risco devido à presença de agentes biológicos):
•Sangue hemoderivados
•Excreções, secreções e líquidos
orgânicos
•Meios de cultura
•Tecidos, órgãos, fetos e peças
anatômicas
•Filtros de gases aspirados de
áreas contaminadas
•Resíduos advindos de área de
isolamento
•Resíduos alimentares de área de
isolamento
•Resíduos de laboratório de
análises clínicas
•Resíduos de unidade de
atendimento ambiental
•Resíduos de sanitário de
unidades de internação
•Objetos perfurocortantes
provenientes de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde. Os
estabelecimentos deverão ter um responsável técnico, devidamente registrado em
conselho profissional, para o gerenciamento de seus resíduos.
Processos
de Destino
•Incineração:a incineração do
lixo hospitalar é um típico exemplo de excesso de cuidados, trata-se da queima
o lixo infectante transformando-o em cinzas, uma atitude politicamente
incorreta devido aos subprodutos lançados na atmosfera como dioxinas e metais
pesados.
•Auto-Clave: esteriliza o lixo
infectante, mas por ser muito caro não é muito utilizado. Como alternativa, o
lixo infectante pode ser colocado em valas assépticas, mas o espaço para todo o
lixo produzido ainda é um problema em muitas cidades.
A maioria dos hospitais tomam
pouco ou quase nenhuma providência com relação às toneladas de resíduos gerados
diariamente nas mais diversas atividades desenvolvidas dentro de um hospital.
Muitos limitam-se ou a encaminhar a totalidade de seu lixo para sistemas de
coleta especial dos Departamentos de Limpeza Municipais, quando estes existem,
ou lançam diretamente em lixões ou simplesmente queimam os resíduos.
Torna-se importante destacar os
muitos casos de acidentes com funcionários, envolvendo perfurações com agulhas,
lâminas de bisturi e outros materiais denominados perfuro-cortantes. O
desconhecimento faz com que o chamado "lixo hospitalar", cresça e
amedronte os colaboradores e clientes das instituições de saúde.
Lixos
Não-Infectantes
Especiais
Radioativos: compostos por materiais diversos, expostos à radiação;
resíduos farmacêuticos, como medicamentos vencidos e contaminados; e resíduos
químicos perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis, mercúrio).
Comuns: Lixo administrativo, limpeza de jardins e pátios, resto de
preparo de alimentos, estes não poderão ser encaminhados para alimentação de
animais.
Algumas
Soluções
Os constantes problemas, o
desconhecimento, o medo, mas principalmente o desejo de que o assunto fosse
tratado de uma forma técnica, profissional, levou-se a desenvolver um projeto
que resolvesse definitivamente o problema.
Objetivos do projeto:
•Elevar a qualidade da atenção
dispensada ao assunto "resíduos sólidos dos serviços de saúde";
•Permitir o conhecimento das
fontes geradoras dos resíduos. A atividade hospitalar gera uma grande variedade
de tipos de resíduos distribuídos em dezenas de setores com atividades
diversas;
•Estimular a decisão por métodos
de coleta, embalagem, transporte e destino adequados;
•Reduzir ou se possível eliminar
os riscos a saúde dos funcionários, clientes e comunidade;
•Eliminar o manuseio para fins de
seleção dos resíduos, fora da fonte geradora;
•Permitir o reprocessamento de
resíduos cujas matérias primas possam ser reutilizadas sem riscos à saúde de
pacientes e funcionários;
•Reduzir o volume de resíduos
para incineração e coleta especial;
•Colaborar para reduzir a poluição
ambiental, gerando , incinerando e encaminhando aos órgão públicos a menor
quantidade possível de resíduos.
•Resíduos sólidos do grupo A
deverão ser acondicionados em sacos plásticos grossos, brancos leitosos e
resistentes com simbologia de substância infectante. Devem ser esterilizados ou
incinerados.
•Os restos alimentares in natura
não poderão ser encaminhados para a alimentação de animais.
Fonte: www.ambientebrasil.com.br
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