Empresas Sustentaveis


Água nossa de cada dia
A escassez, hoje, já priva 900 milhões de pessoas de acesso livre à água. A maior parte do líquido que as pessoas consomem em seu dia a dia não vem das torneiras de casa, mas dos produtos que ela utiliza. Empresas dão banho de atitudes ao investir em métodos para produzir sem desperdiçar recurso natural. O consumidor já pode fazer as suas escolhas entre adquirir ou não o produto, conforme o uso reacional de água na fabricação.
Menos água, mais planeta: Indústria Sustentável
Empresas modernas têm investido pesado na chamada “pegada hídrica” — método que permite calcular e informar ao consumidor quanta água foi usada na produção de mercadorias. Isso porque a maior parte da água que você consome não sai de torneiras, mas foi usada para fazer os produtos que você utiliza. Estão incluídos, aí, desde os litros consumidos para cultivar as frutas que você ingere até os galões gastos para resfriar máquinas que fabricaram as autopeças do seu carro.
A pegada hídrica, então, tem o poder de permitir ao consumidor fazer suas escolhas entre adquirir ou não determinado produto, dependendo do uso racional da água em sua produção. Com isso, as empresas passaram a desenvolver medidas para economizar o líquido no processo industrial.
Para se ter uma ideia, o processo de fabricação de uma calça jeans, por exemplo, consome 11 mil litros de água, do plantio do algodão ao tingimento do tecido.
Segundo Luiz Augusto Azevedo, gerente de Tecnologia e Meio Ambiente da Firjan, os Planos de Conservação e Reúso de Água na Indústria trazem benefícios econômicos, ambientais e de imagem. “Fazer o melhor uso dos recursos naturais, principalmente da água, é condição essencial para se atingir os níveis de desenvolvimento almejados”, diz.
A Bayer, em Belford Roxo, conseguiu economizar 65 mil metros cúbicos por mês. A empresa mantém, desde 2006, estação de tratamento de água e sistema de tratamento de efluentes: capta água direto do Rio Sarapuí e a devolve em qualidade superior. Assim, economiza quantidade para abastecer 24 mil pessoas, considerando o consumo per capita recomendado pela ONU: 110 litros diários por habitante.
Fábricas de bebidas se tornam ecoeficientes
A produção de cervejas e refrigerantes é altamente intensiva no uso de água. O Sistema Coca-Cola Brasil reduziu em 1,5% o volume de água em 2010, com um consumo de 1,95 litro para cada um de bebida produzido. Em 2001 eram necessários 2,54 litros. A economia foi de 23%. A empresa adotou sistema de captação da água da chuva para realimentação de lençóis freáticos e investiu no replantio de árvores para recuperação de bacias hidrográficas. “Importantes inovações foram adotadas: a utilização, se possível, de descargas a vácuo e a medição, a manutenção e o controle dos gastos, além de treinamento”, comemora o diretor de Meio Ambiente, José Mauro de Moraes.
Há 19 anos, a Ambev instituiu o Sistema de Gestão Ambiental em todas as fábricas para monitorar índices de ecoeficiência. Nos últimos oito anos, a companhia superou economia de 27%. E lançou o Movimento Cyan, exclusivamente voltado à questão da água.
 

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