Pecuária e Gases de Efeito Estufa


Os gases do efeito estufa são principalmente o dióxido de carbono, o metano, os clorofluorcarbonetos (CFCs) e os óxidos de nitrogênio. A queima de matéria orgânica (madeira e combustíveis hidrocarbonetos), está relacionada com a emissão de dióxido de carbono.
A pecuária é uma das maiores fontes de emissão de gás metano para a atmosfera. O processo de formação do gás ocorre durante o processo digestivo de fermentação entérica de animais ruminantes (bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos), sendo o metano subproduto deste processo, liberado para a atmosfera através da flatulência e eructação dos animais. Em média, estima-se que 6% de todo o alimento consumido pelo gado no mundo seja convertido em gás metano. O metano é 24 vezes mais potente do que o dióxido de carbono para causar aquecimentos atmosféricos, contribuindo com 15% do total do aquecimento global.
Pelo fim do confinamento intensivo do animal
Como a pecuária tem se intensificado nas últimas décadas, mais animais têm sido confinados intensivamente, em poucas, porém, maiores operações. Muitos são mantidos às dezenas, se não às centenas de milhares, em sistemas de produção industrializada conhecidas como indústria animal, que resultam em um grande volume de dejetos de animais concentrado em áreas pequenas. Nos Estados Unidos, para citar um exemplo mais conhecido, o Departamento de Agricultura desse país estima que os animais confinados geram aproximadamente 500 milhões de toneladas de esterco por ano – três vezes mais resíduos brutos do que os gerados pelos norte- americanos.
Comida para pensar
Um artigo publicado em 2007 em The Lancet defende a redução do consumo diário de carne para 90 gramas por pessoa, para que se possa estabilizar as emissões de gases causadores do efeito estufa oriundos desse setor. (Uma única unidade de hambúrguer de carne tem de 80 a 100 gramas.) “Para a população do mundo com maior renda”, escreve o autor, “as emissões de gases causadores do efeito estufa a partir do consumo de carne merecem a mesma consideração dada às emissões provenientes do tráfego rodoviário e da aviação.” Ao passo que muitos consumidores estão dispostos a pagar mais por carros movidos a etanol, biodiesel ou eletricidade objetivando o combate ao aquecimento global, há pouca informação acerca dos impactos que a agricultura animal exerce sobre as mudanças climáticas.
Os animais não tem culpa pelo efeito estufa, se há um culpado é a industria da carne que produz excesso de animais por causa dessa busca incessante pelo lucro, já que o mercado de carne no mundo movimenta bilhões de dólares, a prova disso é que todo alimento consumido em bares, restaurantes, etc, levam sempre carne em seus componentes. O problema não está nos animais, mas nos consumidores que foram ensinados desde crianças a consumir o produto de origem animal ignorando as questões ambiental e ética que há por trás disso. Isso precisa ser mudado, porque além da questão ambiental, tem a questão da violência que a indústria da carne gera.
A redução das áreas de pecuária aumentaria áreas de plantio, melhoraria o solo, consumiria menos água, poluiria menos o ar e aumentaria a qualidade de vida dos animais e dos humanos.

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