Saneamento Ambiental


O que é Saneamento Ambiental
Saneamento Ambiental ou Saneamento Básico é um conjunto de medidas que visam preservar o meio ambiente, prevenir doenças e melhorar as condições de saúde da população. Entre suas principais atividades, estão a coleta e tratamento dos resíduos produzidos pelo homem; o fornecimento de água de qualidade para o abastecimento das populações; e a localização e combate aos vetores. O Saneamento Ambiental busca ações preventivas, a fim de evitar que condições precárias de salubridade tornem-se focos de doenças, reduzindo a procura aos hospitais e postos de saúde, o que consequentemente gera economia para os cofres públicos. Por tudo isso, o Saneamento Ambiental também é uma questão de saúde pública.
Em se falando de Saneamento Ambiental no passado, a imagem mais emblemática que nos vem a memória, graças ao cinema e a televisão, é a das cidades e vilas europeias na Idade Média, com seus emaranhados de prédios formando ruas estreitas, barulhentas e sujas, tomadas por galinhas, insetos, gatos e ratos. A maioria dessas ruas não tinha pavimentação e tampouco obras de drenagem, e recebiam, sem qualquer cerimônia, todo tipo de resíduo, inclusive excrementos, que eram atirados diretamente das janelas das casas, muitas vezes atingindo os passantes. Os europeus não tinham qualquer cuidado com relação a higiene corporal, tomando banho de duas a três vezes por ano, em ocasiões especiais, geralmente ligadas as festividades da Igreja Católica. Tudo isso teve consequências nefastas na saúde daquela população, consequência essa marcada por epidemias como a Peste Negra.
No Brasil, começou-se a falar de Saneamento já no período colonial, mas as ações se resumiam a drenagem de terrenos (o que dizimou o ecossistema conhecido como “brejo”) e a instalação de chafarizes em algumas cidades. Posteriormente, na época de D. João VI, as instalações sanitárias passaram a ficar localizadas nos fundos das casas, na verdade eram barris especiais, que recebiam todos os dejetos produzidos pelas famílias. Quando esses barris ficavam cheios e mau cheirosos, escravos apelidados de “tigres” os transportavam e despejavam na atual Praça da República ou a beira-mar, onde também eram lavados. Ainda nesse período, foram criadas leis que fiscalizavam os portos e evitavam a entrada de navios com pessoas doentes. Rede de coleta para escoamento das águas das chuvas também foi implantada no Rio de Janeiro daqueles tempos, embora só atendesse áreas da cidade onde morava a aristocracia. Também nessa época as pipas d'água começaram a ser utilizadas, o que fez com que a água virasse um produto comercial e não mais um bem natural. Mas como as políticas públicas de Saneamento ainda eram muito precárias, dezenas de epidemias letais na cidade, principalmente de Febre Amarela, tornaram-se parte da rotina da população. O tempo passou, e no início do século XX, foram dadas concessões a companhias estrangeiras (muitas inglesas) para que estas cuidassem dos serviços de saneamento, o que não se mostrou uma solução acertada devido a péssima qualidade dos serviços prestados por essas companhias, culminando na estatização dos mesmos. Também sobre a história do saneamento no Brasil, é importante citar o nome do médico sanitarista Oswaldo Cruz e sua luta para erradicar epidemias, o que infelizmente resultou num episódio que ficou conhecido como “A Revolta da Vacina”. O Governo Militar, já na segunda metade do século XX, também teve um papel importante, quando instituiu o PLANASA – Plano Nacional de Saneamento, embora este também tenha se mostrado pouco efetivo.
Fui criança nos anos 1970 e adolescente nos anos 1980. Naquela época, pouco se falava em Saneamento Básico nas escolas, como hoje ainda acontece. Fui criado na periferia de uma cidade da região metropolitana do estado do Rio Janeiro, especificamente em São Gonçalo, cidade essa que, se não me engano, tem o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) daquela região. No meu bairro era comum o lixo ser jogado em terrenos baldios, principalmente lixo orgânico, que quando entra em decomposição, costuma exalar um cheiro bastante desagradável, além de atrair animais e insetos nocivos à saúde humana. E como a coleta de lixo era precária e irregular, a opção por “se livrar” desse tipo de resíduo, jogando-o num local longe da vista, era mais que justificada. A precariedade da coleta também justificava outra prática bastante comum naqueles tempos, que inclusive costumava ser a diversão do meu pai nas noites de sábado: queimar lixo! Provavelmente, meu pai não foi o principal responsável pela emissão de gases de Efeito Estufa na atmosfera terrestre, mas ele, sem o saber, contribuiu com nosso atual quadro de degradação da qualidade do ar. E sobre esse ponto, “não saber”, gostaria de fazer algumas observações.
Nem eu, nem meu pai, nem minha mãe, nem minhas irmãs, nem meus vizinhos, parentes e amigos, sabíamos, naqueles tempos, da importância do Saneamento Ambiental. Não sabíamos nem que preservar os recursos naturais de que nosso planeta ainda dispõe, seria um dia atitude fundamental para garantir a sobrevivência humana na terra. Não tínhamos consciência de que queimando lixo estávamos ajudando nosso planeta a ficar mais quente. Não fazíamos ideia de que havia técnicas salubres e inteligentes para descartar os resíduos que nós mesmos produzíamos, através da reciclagem e da compostagem, por exemplo. Não víamos grandes problemas no fato de uma vala negra correr a céu aberto por ruas e até quintais. Não sabíamos! Naqueles tempos, não havia tanta informação quanto há hoje, não se falava tanto em meio ambiente quanto se fala hoje. Mas veja: estou falando de 1974, 1978, 1982, 1985... Realmente não sabíamos, como hoje, século XXI, ano 2011, muita gente ainda não sabe!
Por mais que assuntos relacionados a preservação ambiental e qualidade de vida estejam presentes de forma bastante massificada nos meios de comunicação, uma parcela muito grande da população, especificamente a que se encontra na faixa da miséria, não tem condições intelectuais (não sei se “condições intelectuais” seria o termo justo) de consumir as informações que lhes são passadas. Muitas dessas pessoas vivem em regiões que não são contempladas por Políticas de Saneamento, não contam nem com coleta de lixo, e portanto, na minha opinião, não podem ser consideradas responsáveis pela degradação que elas mesmas provocam nas áreas em que ocupam. Acredito que não há o que se falar em “sensibilização para a importância do saneamento ambiental” onde não existe um mínimo de infraestrutura. Garantida essa infraestrutura (drenagem, escoamento, encanamento, distribuição, coleta, tratamento) partir-se-á então para as campanhas. O que não se pode tolerar é que no país que hoje, século 21, é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, no país que é uma das maiores economias emergentes do mundo, centenas de crianças morram diariamente de desidratação, cólera e diarreia, problemas típicos da época medieval!
Resumo
Saneamento ambiental são ações para a sociedade, com o objetivo de fazer com que todos tenham acesso ao abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos e líquidos, disciplina sanitária de uso do solo, drenagem urbana, controle de doenças transmissíveis, para proteger e melhorar as condições de vida da população.
Saneamento Básico
Saneamento básico é basicamente o abastecimento de água potável nas regiões, coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, controle de pragas e etc., com o objetivo de ter um saneamento ambiental, e não permitir que pessoas que não possuem muita infraestrtura convivam com doenças e para proteger o meio ambiente.
Curso de Saneamento Ambiental
O planejamento, a gestão e operação de saneamento ambiental são atividades de um profissional de Saneamento Ambiental. Saneamento ambiental também é um curso técnico, onde a pessoa trabalha com saneamento básico, construindo diversos sistemas e redes de água, esgoto, lixo industrial e doméstico.
Saneamento Ambiental Índigena
O saneamento ambiental indígena é um plano do Governo brasileiro para levar uma melhor condição de vida para a população indígena. Com o crescimento das cidades, os índios acabaram indo morar em estradas, favelas e lugares com condições precárias. A maioria dos lugares que os indígenas vivem necessitam urgentemente de ações de saneamento ambiental.

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